- nem toda tontura é sinônimo de labirintite. Apesar da maioria das tonturas com caráter rotatório ser de origem do labirinto, existem também causas neurológicas, vasculares e cardíacas para tontura
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Mitos e Verdades
- nem toda tontura é sinônimo de labirintite. Apesar da maioria das tonturas com caráter rotatório ser de origem do labirinto, existem também causas neurológicas, vasculares e cardíacas para tontura
Saúde Auditiva do Trabalhador
O otorrinolaringologista Daniel Okada, que atua na área de medicina ocupacional, e participa da Campanha Nacional da Saúde Auditiva, da Sociedade Brasileira de Otologia, alerta sobre os problemas que a exposição a ruídos no trabalho pode trazer à saúde. “Além de causar perda auditiva, pode acarretar outros problemas como zumbido, dificuldade de concentração, alterações do sono e perda da capacidade produtiva”, diz Okada. O médico alerta também sobre os problemas no organismo, que são ainda mais graves. “O ruído pode causar aceleração da freqüência cardíaca e respiratória, alteração da pressão arterial, dilatação das pupilas, aumento do tônus muscular e estresse”, explica Okada. A correta utilização dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais) como plugs intra-auriculares ou tipo concha são uma das melhores formas de amenizar a intensidade do barulho no trabalho. Mas prevenir a PAIR e o barulho excessivo são possíveis com iniciativas e interação entre empregador, trabalhador e profissionais através das seguintes ações:
Empregador: implantar, em sua empresa, programas de conservação da audição (PCA), que fazem o gerenciamento audiométrico, controlam a exposição e protegem o trabalhador individual e coletivamente. Os programas educam e instruem periodicamente todos os envolvidos, desde o trabalhador até o diretor-presidente e monitoram anualmente o desempenho de todas as etapas do próprio programa.
A relação entre medicina do trabalho e Otorrinolaringologia em prol da assistência ao trabalhador melhorou após a implantação das Normas Regulamentadoras NR7 e NR9 do Ministério do Trabalho, que permitiram o diagnóstico precoce e medidas de prevenção. “Estamos vivendo um bom momento no controle da perda auditiva ocupacional, dispomos de informação e de legislação suficientes para administrar com competência os programas de conservação de audição disponíveis. Se alguma perda auditiva ocupacional ocorrer, certamente houve alguma falha na execução do programa. Nos grandes centros industriais, esta preocupação com os efeitos do ruído intenso tem sido levada a sério pela maioria das empresas de médio e grande porte”, diz o otorrinolaringologista Everardo Andrade, membro do Comitê Nacional de Ruído e Conservação da Audição pela ABORL-CCF. Para ele, a maior dificuldade de regulamentação ocorre com as empresas de pequeno porte, que não disponibilizam recursos para executar os programas. De difícil controle, o ruído social, que se soma ao ocupacional, é o problema a ser resolvido, principalmente nos grandes centros urbanos. “O grande problema, hoje, é com o ruído social, que afeta não só os trabalhadores, mas toda a sociedade”, diz Everardo. Já Daniel Okada diz que o governo precisa participar interagir mais em campanhas sobre os cuidados com a audição. “O governo deveria ampliar a divulgação de campanhas sobre conservação auditiva. Ele tem reduzido gradualmente a verba para doações de próteses auditivas nos serviços de saúde pública, dificultando o acesso a estes aparelhos por parte da população mais carente”, ressalta Okada.
O ruído não está presente apenas no ambiente de trabalho. Ele está nas ruas, bares, boates e até mesmo invisível, com o aumento do número de pessoas que utilizam fones de ouvido com celulares, iPods e outros aparelhos eletrônicos em meio ao já insuportável barulho das grandes cidades. Cuidar da audição no trabalho, no cotidiano, e alertar amigos e familiares é preciso. Caso contrário, a PAIR e muitos outros males que não deveriam nem mesmo existir continuarão a afetar e contagiar pessoas. Por muito tempo.
Relato de Atendimento
Na semana passada atendi um casal, que acabara de descobrir que sua filhinha de 2 anos e 6 meses tinha Perda de Audição.
Como toda pessoa que descobre um problema e não sabe o que fazer para resolver - estavam deseperados.....não sabiam a quem recorrer, o que fazer, o que pensar...
Eu me senti muito responsável por conduzir o assunto de forma que não machucasse mais os sentimentos desta familia. Percebi o grande amor e preocupação dos pais pela sua filha - seus medos sobre ela poder crescer como uma criança normal, poder ir para escola, aprender e falar direitinho.
É nessas horas que temos que estar preparados para acolher esta família e explicar de forma clara e paciente todas as chances e possibilidades de tratamento. A acolhida inicial é mais importante que o próprio diagnóstico ou a busca pela causa do problema.
Só de saber que a sua filha teria chances de aprender, estudar, conversar, conviver socialmente e ser uma criança como as outras já tranquilizou os pais. Ser otimista, positivo e trabalhar dentro das reais possibilidades de tratamento sempre desmistificam a deficiência, pois você pode olhar um problema com outros olhos e até aprender muito com isso.
Audição
Audição
O órgão da audição é dividido em três partes fundamentais: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno (imagem 1).
Problemas de audição podem acometer as três partes do ouvido. Em geral, os que acometem o ouvido externo são os mais simples. Muitas vezes, a produção de cerume é maior e ele se acumula no canal auditivo, impedindo que o som alcance naturalmente a membrana do tímpano.